quarta-feira, 30 de julho de 2008

Urbanização da Vila Metrô vai beneficiar 280 famílias



A Prefeitura de Salvador vai construir 200 unidades domiciliares na Vila Metrô, localizada entre o Arraial do Retiro, a BR-324 e a Mata Escura, e ocupada por integrantes do Movimento dos Sem-Teto de Salvador (MSTS). O projeto de urbanização integrada foi desenvolvido pela Secretaria Municipal da Habitação(Sehab) e está sendo analisado pela Caixa Econômica Federal (CEF), órgão responsável pela aprovação e liberação dos recursos.

A iniciativa tem recursos do Ministério das Cidades, através do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), e contrapartida da Prefeitura, com verba total de R$ 5,71 milhões. As 200 casas atenderão prioritariamente aos atuais moradores da localidade. Após aprovação, as obras serão executadas pela Secretaria Municipal de Transportes e Infra-Estrutura (Setin), através da Superintendência de Urbanização da Capital (Surcap). Devem começar em outubro para que, em um ano, a Vila esteja pronta.

Início das obras



O primeiro passo para o início das obras foi dado esta semana. O pontilhão de acesso à comunidade já está sendo fabricado pela Desal. Esta é a principal reivindicação dos moradores, já que a ponte atual foi improvisada e algumas pessoas já se machucaram na passagem. A nova ponte será instalada no prazo de 15 a 20 dias.



A Prefeitura autorizou também a limpeza do terreno, sob a responsabilidade da Superintendência de Urbanização da Capital (Surcap). Esta ação também era esperada pela comunidade, já que o terreno está encoberto pelo mato, propiciando muitos casos de violência.
O chefe de engenharia da Sehab, Jailson Farias, informou que foram feitos estudos, constatando que as 200 unidades já atendem ao total de moradores da região (cerca de 280 famílias) e, com isso, provavelmente não virão pessoas de outras áreas para morar na vila. No entanto, Farias frisou a necessidade de um cadastro dos moradores, que será enviado à CEF para análise.

Projeto integral

Além das unidades domiciliares, uma parceria entre a Sehab, a SMEC e a Secretaria Municipal de Economia, Emprego e Renda (Sempre) proporcionará a implantação de um projeto de alfabetização e profissionalização, visando beneficiar mais de 1,5 mil pessoas envolvidas na construção do conjunto habitacional. Será construída uma escola próxima ao local para facilitar o acesso dos alunos, que contará com o ensino da Educação Infantil, Fundamental e Educação para Jovens e Adultos (EJA), além de programas pedagógicos e sociais, como o Salvador Cidade das Letras e ProJovem.

A Vila terá um centro comunitário para sediar reuniões, festas e demais atividades sociais e associativas, integrando salas com 60 metros quadrados, podendo ser utilizada para cursos profissionalizantes. E contará também com áreas reservadas para boxes comerciais que serão ferramentas de sustentabilidade para a comunidade. Os estabelecimentos abrigarão equipamentos de apoio, como padaria, lanchonete, mercearia, postos de serviço, lotéricas, armarinho e bazar.

O projeto envolve também sistema viário, saneamento básico, infra-estrutura e ações socioeducativas. As melhorias na infra-estrutura urbana incluem novos sistemas viário, de drenagem e esgotamento sanitário e de complementação da rede de abastecimento de água. Também estão previstas contenção de encostas, relocação de habitações situadas em áreas de risco, 22 melhorias nas moradias, implantação de 22 unidades sanitárias, instalação de equipamento comunitário e área de lazer.

Guerra de charges






Duas das principais revistas americanas satirizaram Barack Obama (republicano) e John McCain (democrata), candidatos à Presidência dos EUA.

A primeira charge esteve na capa da The New Yorker. Obama aparece vestido como fundamentalista islâmico e sua mulher, Michelle, carrega fuzil e armamento. Ao fundo há um retrato de Osama Bin Laden e na lareira queima uma bandeira dos EUA. A revista justificou: "A capa satiriza as táticas do medo e desinformação usadas para desestabilizar a campanha de Barack Obama."

A revista Vanity Fair (que é da mesma editora) respondeu com outra charge. Brincou com os 71 anos de John McCain e o apresentou com um andador. A sua mulher, Cindy, carrega remédios. Quem aparece no quadro é George W. Bush e, na lareira, o que McCain queima é a Constituição dos EUA.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Avanço na urbanização das favelas



A urbanização de favelas - de que é exemplo a de Paraisópolis, mostrada em reportagem de O Estado de S. Paulo - é um dos projetos mais importantes em execução na capital, por várias razões. Entre elas, o seu profundo alcance social e o fato de ser tocado em parceria pelos governos municipal, estadual e federal, numa demonstração pouco comum de superação de diferenças políticas em nome do interesse público.

Com ruas niveladas e pavimentadas - restam muito poucas vias de terra -, córregos canalizados, redes de água e esgoto, coleta de lixo, postos de saúde, um número cada vez maior de escolas, lojas de departamentos que começam a chegar, salas de cinema, imobiliárias, lojas para a venda de veículos por consórcio, rápida multiplicação de casas de tijolos e lojas de material de construção, a Favela de Paraisópolis vai deixando de merecer esse nome, que sugere barracos e vielas imundas, e ganhando perfil de bairro. Como diz a coordenadora do Programa de Urbanização de Paraisópolis, Maria Teresa Diniz, a sua transformação em bairro já se tornou “um processo irreversível”. Não é à toa que já existem ali até mesmo alguns imóveis amplos, confortáveis, que nada ficam a dever aos existentes em bairros de classe média e cujos valores chegam a R$ 200 mil.

Até o final do ano que vem, os governos municipal, estadual e federal devem investir um total de R$ 300 milhões na urbanização de Paraisópolis. Essas obras fazem parte de um projeto mais amplo, de R$ 1,4 bilhão, que inclui as Favelas de Heliópolis, das margens do córrego do Ipiranga e das vizinhanças das Represas Billings e Guarapiranga. Além dos investimentos em infra-estrutura e serviços, a urbanização se sustenta em outro pilar - a regularização fundiária. A legalização dos imóveis - a quase totalidade dos moradores não tem escritura deles -, que dá tranqüilidade aos proprietários e os estimula a melhorar suas moradias, é essencial, segundo os especialistas, para garantir o êxito desse tipo de projeto.

Como as ações de usucapião demoram muito, a Prefeitura vem negociando terrenos invadidos com os proprietários - em troca de abatimento de dívidas fiscais ou certificados de potencial construtivo, que podem ser vendidos a empresas interessadas na construção de edifícios com áreas que superam o limite fixado pelo zoneamento - para conseguir regularização fundiária mais rápida. Assim foram regularizados 2 mil imóveis em Paraisópolis.

A urbanização é hoje considerada a única forma realista de resolver o problema das favelas, que na capital têm uma população de 2 milhões de pessoas. Quanto aos que nelas moram em áreas de risco - barrancos ou beira de córregos -, e que são uma minoria, devem ser transferidos para conjuntos habitacionais.

É de se esperar que os resultados animadores dessa parceria convençam a Prefeitura, o Estado e a União a mantê-la.

Urbanização Mundial

As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia (atual Iraque), depois vieram às cidades do Vale Nilo, do Indo, da região mediterrânea e Europa e, finalmente, as cidades da China e do Novo Mundo.
Embora as primeiras cidades tenham aparecido há mais de 3.500 anos a.C., o processo de urbanização moderno teve início no século XVIII, em conseqüência da Revolução Industrial, desencadeada primeiro na Europa e, a seguir, nas demais áreas de desenvolvimento do mundo atual.

No caso do Terceiro Mundo, a urbanização é um fato bem recente. Hoje, quase metade da população mundial vive em cidades, e a tendência é aumentar cada vez mais.
A cidade subordinou o campo e estabeleceu uma divisão de trabalho segundo a qual cabe a ele fornecer alimentos e matérias-primas a ela, recebendo em troca produtos industrializados, tecnologia etc. Mas o fato de o campo ser subordinado à cidade não quer dizer que ele perdeu sua importância, pois não podemos deixar de levar em conta que:
• Por não ser auto-suficiente, a sobrevivência da cidade depende do campo;
• Quanto maior a urbanização maior a dependência da cidade em relação ao campo no tocante à necessidade de alimentos e matérias-primas agrícolas.

Conceito
A urbanização resulta fundamentalmente da transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). Assim, a idéia de urbanização está intimamente associada à concentração de muitas pessoas em um espaço restrito (a cidade) e na substituição das atividades primárias (agropecuária) por atividades secundárias (indústrias) e terciárias (serviços). Entretanto, por se tratar de um processo, costuma-se conceituar urbanização como sendo "o aumento da população urbana em relação à população rural", e nesse sentido só ocorre urbanização quando o percentual de aumento da população urbana é superior a da população rural.

A Inglaterra foi o primeiro país do mundo a se urbanizar (em 1850 já possuía mais de 50% da população urbana), no entanto a urbanização a celerada da maior parte dos países desenvolvidos industrializados só ocorreu a partir da segunda metade do século XIX.

Além disso, esses países demoram mais tempo para se tornar urbanizados que a maioria dos atuais países subdesenvolvidos industrializados. Vemos, então, que, em geral, quanto mais tarde um país se torna industrializado tanto mais rápida é sua urbanização. Observe esses dados:

• Em 1900 existiam no mundo dezesseis cidades com população superior a 1 milhão de habitantes. Dessa, somente duas (Pequim e Calcutá) pertenciam ao Terceiro Mundo.

• Em 1950 havia vinte cidades no mundo com população superior a 2,5 milhões de habitantes. Dessas, apenas seis (Xangai, Buenos Aires, Calcutá, Bombaim, Cidade do México e Rio de Janeiro) estavam situadas no Terceiro Mundo. Observação: a cidade de São Paulo nem constava dessa lista.

• Para o ano 2000, as estimativas mostram que, das 26 aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes, nada menos que vinte delas estarão no Terceiro Mundo. A maior aglomeração urbana mais populosa do mundo será a Cidade do México, com 32 milhões de habitantes, o equivalente à população da Argentina em 1990. São Paulo aparece como a segunda aglomeração urbana, com 26 milhões de habitantes.

Urbanização nos diferentes grupos de países

Considerando-se os vários agrupamentos de países, a situação urbana pode ser simplificada como mostramos a seguir.
Países capitalistas desenvolvidos. A maior parte desses países já atingiu índices bastante elevados e, praticamente, máximos de urbanização. A tendência, portanto, é de estabilização em torno de índices entre 80 e 90%, embora alguns já tenham ultrapassado os 90%. Países capitalistas subdesenvolvidos. Nesse grupo, bastante heterogêneo, destacamos:

• Subdesenvolvidos industrializados. A recente e rápida industrialização gerou acentuado desequilíbrio das condições e da expectativa de vida entre a cidade e o campo, resultando num rapidíssimo processo de urbanização, porém com conseqüências muito drásticas (subemprego, mendicância, favelas, criminalidade etc.). Isso porque o desenvolvimento dos setores secundário e terciário não acompanhou o ritmo da urbanização, além da total carência de uma firme política de planejamento urbano. Alguns desses países apresentam taxas de urbanização iguais e até superiores às de países desenvolvidos, embora, com raras exceções, a urbanização dos países subdesenvolvidos se apresente em condições extremamente precárias (favelas, cortiços etc.).

• Subdesenvolvidos não-industrializados. Em virtude do predomínio das atividades primárias, a maior parte desses países apresenta baixos índices de urbanização.
Países socialistas. Os países socialistas são relativamente pouco urbanizados. A razão fundamental está na planificação estatal da economia, que tem permitido ao estado controlar e direcionar os recursos (investimentos), podendo assim exercer maior influência na distribuição geográfica da população. Os índices de população urbana dos países socialistas desenvolvidos são semelhantes aos do subdesenvolvidos industrializados.

Geografia Geral - Geografia - Brasil EScola

CLASSIFICAÇÃO DAS CIDADES


Urbanização é o deslocamento de um grande contingente de pessoas que saem da área rural para os centros urbanos (as cidades). Para que um país seja considerado urbanizado, a quantidade de pessoas que vivem nas cidades deve ser superior a quantidade que vive do campo.

As cidades podem ser classificadas de acordo com seu tamanho, atividade econômica, importância regional entre outras características.
Classificam-se em:

Municípios: São as menores divisões político-administrativas, todo município possui governo próprio, sua área de atuação compreende a parte urbana e rural pertencente ao município.

Cidades: É a sede do município, independente do número de habitantes que possa ter, as atividades econômicas nas cidades diferem das do campo, as atividades principais são centralizadas nos setor secundário e terciário.

Macrocefalia Urbana: Caracteriza-se pelo crescimento acelerado dos centros urbanos, principalmente nas metrópoles, provocando o processo de marginalização das pessoas que por falta de oportunidade e baixa renda residem em bairros que não possuem os serviços públicos básicos, e com isso enfatiza o desemprego, contribui para a formação de favelas, resultando na exclusão social de todas as formas.

Metrópoles: São cidades com densidade demográfica superior a 1milhão de habitantes (ex: Goiânia, São Paulo).

Conurbações: È quando um município ultrapassa seus limites por causa do crescimento e com isso encontra-se com os municípios vizinhos.

Regiões Metropolitanas: É a união de dois ou mais municípios formando uma grande malha urbana, é comum nas cidades sedes de estados (ex.Goiânia, Aparecida de Goiânia e cidades do entorno).

Megalópole: É a união de duas ou mais regiões metropolitanas.

Tecnopólos: ou Cidades ciência, são cidades onde estão presentes centros de pesquisas, universidades, centros de difusão de informações. Geralmente os tecnopólos estão alienados a universidades e indústrias.

Verticalização: È a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja, a mudança da forma horizontal das construções (ex: casas), para a verticalização (construção de prédios).

Segregação Espacial: È o foco do poder público as regiões onde a parcela da população possui melhor poder aquisitivo, e omissão as regiões periféricas desprovidas dos serviços públicos.

Cidades Formais: São cidades planejadas.

Cidades Informais: São compostas pelas regiões periféricas, regiões onde não possui infra-estrutura suficiente.

China reprime protesto em região autônoma


Por atrair a atenção internacional, a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto de 2008, transformou-se numa oportunidade para o movimento nacionalista do Tibete protestar contra a domínio da China sobre a região.

Os primeiros protestos surgiram logo após a prisão de monges tibetanos que organizaram uma passeata para marcar os 49 anos do grande levante contra o governo chinês. Em seguida, milhares de pessoas que moram na região também foram às ruas, reivindicando a independência.

Como sempre faz quando autoriza os seus militares a realizarem repressões, o governo chinês censurou emissoras de televisão, jornais e sites que tentaram divulgar informações sobre o Tibete. Apenas a televisão oficial chinesa tinha autorização para falar sobre o assunto.

Massacres
No entanto, observadores internacionais informaram que o massacre provocou mais de 120 mortes - os chineses admitem apenas 13. Uma coisa é certa: os protestos foram apontados como os maiores e mais violentos das últimas duas décadas. Aconteceram a menos de cinco meses da abertura dos Jogos Olímpicos, evento que tem um importante caráter diplomático para os chineses, visando a integrar o país na comunidade mundial, independente do regime político totalitário que ali vigora.

O regime comunista chinês não aceita a hipótese de divergências de idéias, uma prática comum em democracias. Em 1989, por exemplo, o governo da China reprimiu com violência uma manifestação iniciada por estudantes que reivindicavam mais liberdade política. O protesto, que ficou conhecido como o massacre da Paz Celestial, reuniu cerca de 100 mil pessoas, que foram às ruas para denunciar a corrupção e o totalitarismo.

Civilização tibetana
O Tibete é uma região da Ásia Central com cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados e uma altitude média de cerca de 5 mil metros. O isolamento provocado pela altitude favoreceu o surgimento de uma civilização característica com mais de 2 mil anos de história própria.

No século 7, o país se converteu num reino lamaísta, uma seita local do budismo, que definiria, em linhas gerais, o caráter religioso ou teocrático da estrutura política e econômica do Tibete. O budismo tibetano atribui ao seu líder espiritual o título de Dalai-Lama e lhe confere também o poder governamental, num regime com características monárquicas.

O Dalai-Lama é considerado uma reencarnação de líderes espirituais anteriores, que são manifestações de Avalokteshvara ou Chenrezi, o santo padroeiro do Tibete, um Bodhisattva, termo budista que designa um ser de sabedoria e bondade.

O lamaísmo conseguiu sobreviver à invasão do Império mongol no século 13, à dos chineses no século 18, bem como a uma década em que o país se transformou num protetorado britânico, no início do século 20. Entre 1911 e 1950, o Tibete foi um país independente perante a maior parte da comunidade internacional, até que a Revolução chinesa colocou no poder Mao Tsé-Tung e o expansionismo chinês resultou numa nova invasão do país, em 1950.

Região autônoma
O Tibete foi anexado à China como província e assim se manteve a despeito da resistência tibetana. Em 1959 ocorreu o grande levante da população do país contra o domínio chinês - cujo 49o aniversário foi o estopim dos protestos de 2008. No entanto, a revolta foi violentamente reprimida e o Dalai-Lama, líder espiritual e político dos tibetanos, foi obrigado a exilar-se na Índia.

Em 1963, depois de muita pressão internacional, o Tibete foi reconhecido pelo China como uma região autônoma e ganhou um governo próprio, submisso, porém, a Pequim. A luta pela independência tibetana, porém, continuou e ganhou repercussão maior a partir da concessão do prêmio Nobel da paz ao Dalai-Lama.

Apesar do poder repressivo chinês, é provável que novas manifestações continuem ocorrendo no Tibete e em outros países, em especial na Europa, onde há simpatia pela causa da independência tibetana.

Urbanização da população diminui taxa de fecundidade

Eder Melgar*
Especial para a Folha de S. Paulo
Entre as muitas conseqüências da urbanização da população, a redução do ritmo de crescimento populacional é uma das mais significativas. A organização social e econômica urbana parece não combinar com uma taxa de fertilidade --número médio de filhos por mulher-- muito alta.

Pode-se afirmar, genericamente, que, nas sociedades urbanas, o maior custo para a criação dos filhos, associado ao maior acesso aos métodos contraceptivos e à necessidade das mulheres de trabalhar fora de casa para compor a renda familiar, leva inevitavelmente à redução dessa taxa.

Os países mais pobres, também chamados de menos desenvolvidos ou de subdesenvolvidos, apresentavam na década de 60 uma taxa média de seis filhos por mulher, o que fazia com que suas populações crescessem em um ritmo muito acelerado.

Em muitos deles, após uma intensificação da urbanização, ocorreram reduções substanciais nas taxas de fertilidade, tendo baixado a média do grupo atualmente para 2,9 filhos por mulher, o que resulta em uma diminuição do ritmo de crescimento populacional. O Brasil e o México são ótimos exemplos desse processo.

Mesmo alguns países com população predominantemente rural, como a China, a Índia e a Indonésia, apresentaram nas últimas décadas um declínio significativo em suas taxas de fertilidade.

Lembre-se de que, embora tenham uma população urbana relativamente baixa, em torno de 30%, possuem populações absolutas muito grandes, o que implica que uma enorme população reside nas cidades. Por exemplo, na China, "só" 32% da população é urbana, mas isso representa mais de 350 milhões de pessoas.

Nos países mais ricos, a taxa de fertilidade é, no geral, inferior a 2,1 filhos por mulher. Na Europa, a média está próxima de 1,3. Do jeito que a coisa vai, é possível que, até o final deste século, a população mundial passe a declinar.

CONGESTIONAMENTOS

Congestionamentos se agravam nas metrópoles do país

Congestionamentos de até 150 km já são constantes em São Paulo
As maiores cidades do Brasil têm um problema em comum, além da violência e do desemprego: os congestionamentos diários. Nos últimos dez anos, a frota de veículos do país passou de 30 milhões para 50 milhões, um aumento de 66.6%.

No mesmo período, poucas obras de infra-estrutura - abertura de novas ruas e avenidas, aumento das faixas nas pistas e investimento no transporte de massa - foram realizadas pelas prefeituras, Estados ou pelo governo federal.

Apenas para exemplificar, ainda na última década, o número de ônibus nas nove maiores capitais brasileiras caiu 9%, enquanto a quantidade de passageiros transportados foi aumentada em 25%.

Além desses fatores, os especialistas em trânsito apontam outros motivos para justificar os constantes engarrafamentos: a facilidade para a obtenção de crédito bancário e os planos de financiamento oferecidos pelas concessionárias de automóveis - as principais montadoras instaladas no Brasil comercializam os seus modelos em até 72 meses (seis anos).

Mais carros do que bebês
Em São Paulo, a maior cidade do país, os engarrafamentos, que irritam pedestres e motoristas, podem ser explicados de uma maneira mais simples: o número de carros novos que entram em circulação todos os dias (800) é maior do que o nascimento de bebês a cada 24 horas (500).

A situação caótica do trânsito brasileiro preocupa o governo federal, principalmente depois que o país foi confirmado pela FIFA como sede da Copa de 2014. No começo deste mês, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, afirmou que existem estudos para a criação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Trânsito.

Londres e Paris
Mesmo sem a realização de grandes obras, algumas cidades importantes do mundo têm enfrentado com sucesso os problemas do trânsito. Em Londres, Inglaterra, os motoristas que circulam no centro têm que pagar cerca de R$ 35 (preço de março de 2008). Apenas com a adoção dessa medida, houve ma redução de 30% no número de carros circulando nas regiões centrais da capital inglesa.

Em Paris, pelo menos 10 mil bicicletas públicas foram instaladas em 750 pontos. Quem quer fugir dos engarrafamentos de uma das cidades mais visitadas por turistas em todo o mundo gasta muito pouco: por R$ 2,64 (valor de março de 2008) pode retirar a bicicleta em um ponto e devolvê-la em outro, no prazo máximo de uma hora.

Exemplo colombiano
O governo de Cingapura é menos tolerante em relação aos congestionamentos: o proprietário de um automóvel tem de pagar uma licença de R$ 21 mil, valor muito alto para os padrões econômicos da maioria da população do país asiático.

Na América do Sul, Bogotá, capital da Colômbia, privilegiou o transporte coletivo como forma de combater os engarrafamentos. Na cidade, os corredores de ônibus das principais ruas e avenidas contam com pista dupla para facilitar as ultrapassagens.

Com isso, a velocidade média dos ônibus na cidade é de 27 km/hora. Em São Paulo, cidade muito maior do que Bogotá, os ônibus trafegam com uma velocidade média muito inferior _apenas 12 km/hora.

Poluição do ar
O trânsito caótico nas grandes metrópoles também traz um outro prejuízo para seus habitantes: a poluição. Projeções feitas por empresas e organizações que trabalham com o meio ambiente mostram que, se medidas alternativas não forem adotadas com urgência em São Paulo, para combater os problemas causados pelo excesso de veículos, o ar da maior cidade brasileira será um dos piores do mundo, muito semelhante ao de Cubatão (SP), nas décadas de 70 e 80.

Na época, esta cidade próxima ao porto de Santos (SP) ficou conhecida como o "Vale da Morte" por causa da poluição. Somente com a implantação de uma legislação ambiental mais rigorosa e a mudança de mentalidade dos empresários é que a Prefeitura de Cubatão resolveu o problema.

Montenegro é a mais nova nação do mundo

Em referendo realizado em Montenegro, na antiga Iugoslávia, 55,4% dos quase 700 mil habitantes votaram pela separação em relação à outra república, Sérvia.

Histórico, esse ritual pacífico de divisão representa o episódio derradeiro da "balcanização" (fragmentação) da federação iugoslava. Desde 2003, a ex-Iugoslávia, que era formada por seis repúblicas (Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegóvina, Sérvia, Montenegro e Macedônia) e duas regiões autônomas (Kosovo e Voivodina), estava reduzida à República Sérvia e Montenegro.

Sob o comando do croata marechal Josip Broz Tito, a Iugoslávia surgiu na península Balcânica como uma república socialista após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com a morte de Tito, em 1980, e as transformações desencadeadas a partir da queda do muro de Berlim, em 1989, e da desintegração da União Soviética, em 1991, as tensões nacionalistas entre as repúblicas na Iugoslávia reapareceram.

Seu processo de desintegração teve início com a independência da Eslovênia, em 1991, e em seguida da Croácia, sob protestos dos sérvios, que defendiam a manutenção da federação. Quando a Bósnia-Herzegóvina, por meio de uma aliança entre bósnios muçulmanos e croatas, declarou sua emancipação, os sérvios, cristãos ortodoxos, residentes na região protestaram. Temiam transformar-se em minoria numa nação de maioria muçulmana.

A Sérvia interveio militarmente e teve início a Guerra da Bósnia (1992-1995), que deixou mais de 250 mil mortos e só terminou após a interferência da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a assinatura do Acordo de Dayton (1996), que criou a República da Bósnia-Herzegóvina.

A nova Iugoslávia, reduzida aos territórios de Sérvia e Montenegro, após a independência da Macedônia, em 1992, enfrentou outro movimento separatista. Dessa vez, a maioria albanesa de Kosovo, cansada das arbitrariedades do regime de Belgrado, decidiu ir à guerra. Comandados por Slobodan Milosevic (1941-2006), militares sérvios promoveram uma verdadeira "limpeza étnica" durante a Guerra de Kosovo (1998-1999), causando a morte de milhares de albaneses muçulmanos. Sob protestos internacionais e com nova intervenção da Otan, o conflito foi controlado. Atualmente, esse território é praticamente um protetorado sob controle da missão da ONU em Kosovo. Com a independência, Montenegro é a mais nova nação do mundo, com pretensões de ingressar no seleto clube da União Européia.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

URBANIZAÇÃO BRASILEIRA


Urbanização Brasileira
As raízes da urbanização brasileira são decorrentes da história, os primeiros centros urbanos surgiram no século XVI, ao longo do litoral devido à produção do açúcar, nos séculos XVII e XVIII, a descoberta de ouro fez surgir vários núcleos urbanos e no século XIX a produção de café foi importante no processo de urbanização, em 1872 a população urbana era restrita a 6% do total de habitantes.

Posteriormente, no início de século XX, a indústria foi um instrumento de povoamento, a partir da década de 1930, o país começou a industrializar-se, como o trabalho no campo era duro e a mecanização já provocava perca de postos de trabalho, grande parte dos trabalhadores rurais foram atraídos para as cidades com intuito de trabalhar no mercado industrial que crescia, esse êxodo rural elevou de forma significativa o número de pessoas nos centros urbanos. Atualmente 80% da população brasileira vive nas cidades, apesar disso, o Brasil é um país urbano, industrial e agrícola.


Ao longo das décadas a população brasileira cresceu de forma significativa, ao passo desse crescimento as cidades também tiveram sua aceleração em relação ao tamanho, formando imensas malhas urbanas, ligando uma cidade a outra e criando as regiões metropolitanas (agrupamento de duas ou mais cidades).


O crescimento desenfreado dos centros urbanos provoca conseqüências, como o trabalho informal e o desemprego decorrente de sucessivas crises econômicas. Outro problema muito grave provocado pela urbanização sem planejamento é a marginalização dos excluídos que habitam áreas sem infra-estrutura (saneamento, água tratada, pavimentação, iluminação, policiamento, escolas e etc.) e junto a isso a criminalidade (tráfico de drogas, prostituição, seqüestros etc.).


A falta de um plano diretor não só demanda problemas sociais como também provoca alterações ambientais, um exemplo dessa realidade é a poluição do lixo, milhões de pessoas consumem e produzem os mais diversos detritos que diariamente são depositados em lixões a céu aberto sem receber nenhum tratamento, esse lixo transmite doenças, polui o lençol freático.
Outra poluição presente nas cidades é a atmosférica, proveniente da emissão de gases de automóveis e indústrias, esses gases provocam problemas de saúde, principalmente respiratórios e, por fim, a poluição das águas, pois os dejetos das residências e indústrias são lançados, sem tratamento, nos córregos e rios, no período chuvoso ocorrem as cheias que dispersam a poluição por toda área.

Em suma percebe-se que a maioria dos problemas urbanos é, primeiramente, de responsabilidade do poder público que muitas vezes são omissos em relação a essas questões, em outros momentos podemos apontar a própria população como geradora de problemas, como o lixo que é lançado em áreas impróprias, na verdade a tarefa de fazer com que a cidade seja um lugar bom pra se viver é de todos os que nela habitam.

SALVADOR UM PASSEIO NA SUA HISTÓRIA

JUSTIFICATIVA

Vivemos o início do século XXI, momento histórico de muitos avanços tecnológicos, espaciais, mas ainda palco de muitas desigualdades sociais e económicas no mundo, no Brasil e principalmente na nossa cidade de Salvador. Para transformarmos essa realidade que grita nos nossos ouvidos, precisamos conhecer toda construção de nossa história, porque pensamos como pensamos, porque nossa cultura, nossa arte, nossa sociedade são exatamente dessa forma, com beleza, brilho, alegria que atrai tantos povos, mas ao mesmo tempo convive com tantos problemas e dificuldades. Esse trabalho é fundamental porque nos possibilitará enxergar aquilo que teimamos em ocultar, valorizando tudo que há de especial, diferente e transformando todas necessidades que possam ser encontradas.
Esse roteiro de estudos foi montado para continuar aprofundando o conhecimento sobre a realidade da cidade de Salvador. Vivemos numa realidade cheia de contrastes, desigualdades e ao mesmo tempo cheia de encantos, festas e turismo, por isso precisamos analisar conhecer e criar as propostas para mudanças dessa realidade.











OBJETIVO






Fazendo com que o aluno possa conhecer Salvador de forma crítica e discutida, como chegou a ser o que é hoje, contextualizando a atualidade, buscando sempre a construção da sua cidadania.
Aprofundar o conhecimento sobre a realidade atual da cidade de Salvador e buscar o papel social de cada aluno nessa sociedade.
Aprofundar os aspectos: meio ambiente, educação, transporte, saúde, segurança e saneamento/habitação dentro da realidade de Salvador.
Propor uma ação efetiva para a transformação da cidade.







METODOLOGIA

Cada sala deverá aprofundar o estudo dos bairros da cidade evidenciando a historia e comparando com a atualidade, a partir dos seguintes aspectos:
• Transporte.
• Turismo.
• Habitação.
• Saúde.
• Economia - Emprego.
• Cultura - Educação.

As salas serão subdivididas em equipes para aprofundar cada aspecto dentro do bairro escolhido , com orientação das diísciplinas de história,geografia e sociologia.


PONTUAÇÃO
1 ETAPA

Obs:Cada grupo deverá fazer uma apresentação em POWER POINT com o bairro escolhido valendo 1,0 ponto da nota global.

2 ETAPA
Visita cultural alguns bairros da cidade com apresentação de relatorio 1,0 pontos.






Em função do projeto 8 jeitos de mudar o mundo tratar do aquecimento global e questões relativas ao meio ambiente será proposto algumas sugestões para o desenvolvimento dentre elas:

• Listar as principais áreas de preservação ambiental de Salvador, comparando com a distribuição geográfica, a fim de perceber a influência das diferenças sociais nas questões ambientais.
• Estudar de forma aprofundada os principais problemas que sofre o meio ambiente na cidade de Salvador.
• Propor sugestões que possam ser efetivadas por órgãos não governamentais e governamentais, assim como uma ação na comunidade, a fim de minimizar os impactos ao meio ambiente.
• Estudar o nível de poluição da cidade de Salvador.
Atividades:
• Pesquisar em órgãos competentes governamentais e ONGs para respaldar teoricamente as informações.
• Visitar os remanescentes da Mata Atlântica na cidade de Salvador, áreas de preservação e seus principais problemas.
• Conhecer o Parque Metropolitano de Pituaçu, a fim de constatar a evolução do processo de degradação de uma das principais reservas metropolitanas.
• Fotografar os espaços visitados, comparando as realidades dos bairros de acordo com a classe econômica.




PROFESSOR ALFREDO ROSENDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS